Milana Isabel Aparecida Dias
01/11/2024

Três tipos de registros essenciais para a qualidade na indústria láctea

No contexto da produção de alimentos, especialmente na indústria de laticínios, os registros são uma parte fundamental para garantir a qualidade e a segurança dos produtos. Mas você sabia que existem três tipos principais de registros no sistema de autocontrole? Vamos entender as diferenças entre Registros de Execução, Monitoramento e Verificação de forma clara e prática.

1. REGISTROS DE EXECUÇÃO (OPERACIONAIS):

Definição: Esses registros comprovam que a atividade foi realizada, mas sem necessariamente julgar a qualidade da execução. É o colaborador que faz o trabalho e marca que a atividade foi concluída. Nem todas as ações exigem um registro formal, como operações rápidas ou rotineiras (ex.: limpeza de rotina de um tanque de massa).

Exemplo: Um colaborador faz a limpeza do banheiro e preenche um checklist marcando que limpou o vaso, trocou o papel, etc. Não há um julgamento sobre se a limpeza foi bem-feita, apenas que a tarefa foi realizada.

Características:

  • O registro geralmente é feito em checklists ou formulários simples, com opção para que o colaborador marque se que fez a execução da tarefa.
  • É a comprovação de que a ação foi executada.
  • Nem todas as atividades de execução exigem registro (ex.: lavar o chão de um laticínio  pode não ser registrado).

2. REGISTROS DE MONITORAMENTO:

Definição: No monitoramento, a tarefa não é apenas registrada, mas também observada para garantir que está sendo realizada de acordo com os parâmetros estabelecidos. A empresa define a frequência do monitoramento, que pode ser feito em intervalos de horas, dias ou conforme necessário.

Exemplo: Um colaborador mede a temperatura de um silo de leite a cada turno e registra os resultados. Ele observa se está dentro do intervalo adequado, e se a temperatura está dentro do parâmetro estabelecido, o que vai além de simplesmente marcar que a medição (o registro da temperatura) foi feita.

Características:

  • Checa a conformidade com padrões estabelecidos (ex.: temperatura correta).
  • Pode ser realizado com maior frequência (ex.: várias vezes ao dia).
  • O objetivo é garantir que os processos estão sendo seguidos corretamente.

3. REGISTROS DE VERIFICAÇÃO:

Definição: A verificação é a análise periódica que confirma se o monitoramento e a execução estão adequados. Não acontece com tanta frequência quanto o monitoramento e geralmente envolve uma avaliação mais profunda da eficácia dos procedimentos.

Exemplo: Um auditor interno verifica, a cada mês, se os registros de manutenção dos equipamentos foram preenchidos corretamente e se as manutenções foram realmente realizadas conforme o planejado.

Características:

  • Feito com menor frequência (ex.: semanal, quinzenal ou mensal).
  • Avalia a eficácia do sistema como um todo e identifica melhorias ou correções necessárias.
  • Pode envolver auditorias internas e análises mais detalhadas.

DIFERENÇAS PRINCIPAIS:

  • EXECUÇÃO: Comprova que a tarefa foi feita, mas não avalia o resultado (foco na conclusão da ação).
  • MONITORAMENTO: Acompanha a execução e examina se está dentro dos padrões (foco na conformidade e frequência).
  • VERIFICAÇÃO: Analisa o sistema de execução e monitoramento de forma periódica, garantindo que tudo está em ordem e identificando possíveis falhas (foco na validação e melhoria contínua).

Compreender essas diferenças ajuda a garantir que o sistema de autocontrole seja eficiente e que a qualidade dos produtos esteja sempre em conformidade com os mais altos padrões. Se você ainda tem dúvidas sobre como aplicar esses conceitos na sua indústria, fique à vontade para entrar em contato!